Sobre o método:

O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e extensão, como propõe o Racionalismo e ainda pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.

por Wikipedia

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Movimento e Forma

Originando-se do Inefável, a manifestação primordial se distingue de duas formas: No Cristianismo: Espírito Santo e Filho, Na Kaballah: Chockmah e Binah, no Tao: Yin e Yang. São forças primordias universais: Expansão e Contração, que também se manifestam diretamente em todo nosso ambiente palpável com os zeros e uns da informática, com o claro e o escuro da luz visível ou o frio e o calor das moléculas. Manifestam-se na negação e afirmação, no gênero masculino e feminino e no pulso do coração. São esses diferentes contrastes da dualidade que regem a vida. No planeta, tal contraste pode também ser percebido como:

Oriente (Contração): da Reta Ação do Bhagavad Gita com renúncia, desapego e imparcialidade. Da meditação dos budistas, da negação do Maya dos hindus e da prática introspectiva dos Yoguis. Negando-se tudo se encontra o Eu. É o “isto não, isto não” ou o “Eu sou Ele” proposto por Vivekananda.

Ocidente (Expansão): do Amor sob Vontade ou do “Faze o que tu queres, há de ser tudo da lei” dos Thelemistas. Das invocações da Magia Cerimonial, das orações dos Cristãos. Do “pensar” das Ciências Herméticas e do “transformar” da Alquimia. A solidariedade dos santos, o rito do sacerdote, o resultado do mago.

Mas “Sim” e “Não” vibram no mesmo ar. A teoria do Big Bang esclarece que não existe a possibilidade de tudo não ter saído de um mesmo lugar, ter uma mesma origem. Expansão e Contração agem em um mesmo espaço, um ambiente puro, de não-dualidade. É o destino final (ou a origem primordial) em que doutrinas orientais ou ocidentais almejam: Samadhi ou a Grande Obra realizada.

Abrahadabra!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Semiótica da Espiritualidade

"II. A Razão
I. Desde que a verdade é supra-racional, qualquer afirmação racional é falsa.
II. Que o estudante contradiga toda proposição que se apresente a ele.
III. Sendo assim expulsas da mente as idéias racionais, haverá espaço para a apreensão da verdade espiritual.
Deve notar-se que isso não destrói a validade dos raciocínios em seu próprio plano".

Trecho de Carta aos Probacionistas, de  Aleister Crowley

Apropriando-se da validade do raciocínio encontrado na trindade, disposta de formas diferentes na mística de diversas religiões do mundo, apresento o esquema semiótico de Charles Sanders Peirce, explorando o método proposto por mim para desenvolver os temas abordados nesse espaço.

"Semiótica é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação".


Nas palavras de Lucrécia D’Aléssio Ferrara em Leitura sem palavras

"Signo / Objeto / Interpretante são entidades interdependentes, mas não submissas entre si; nesta cadeia, os três elementos são irredutíveis um ao outro porque designam instâncias particulares de um processo de significação que compreende os três elementos simultaneamente. O signo está no lugar do objeto e o representa para alguém; o objeto é representado pelo signo, que transmite sobre ele alguma informação; o interpretante é a relação que o intérprete estabelece entre o objeto e o modo como o signo representa esse objeto; logo, não é possível confundir interpretante e intérprete".

Dessa forma, tendo uma idéia como objeto, ela será intangível sem um signo correspondente. Tendo como objeto A mente vivente do todo, O Altíssimo, A Unidade, O Origem, O Não-nascido; os deuses ou entidades conhecidos atuam como signos desse objeto. São facetas do deus único transmitindo informações sobre uma parte desse objeto.

"Toda representação é uma imagem, um simulacro do mundo a partir de um sistema de signos, ou seja, em última ou em primeira instância, toda representação é gesto que codifica o universo, daí se infere que o objeto mais presente e, ao mesmo tempo, mais exigente de todo processo de comunicação é o próprio universo, o próprio real. Dessa presença decorre sua exigência, porque este objeto não pode ser exaurido, visto que todo processo de comunicação é, se não imperfeito, certamente parcial. Assim,corrigindo, toda codificação é representação parcial do universo, embora conserve sempre, no horizonte da sua expectativa, o desejo de esgotá-lo".

Assim como visto no esquema de Peirce, aquilo que é manifestado (não necessariamente no plano material denso) é como posto por três princípios. Essa tríade é também vista, de forma análoga, na estrutura de diversos sistemas espiritualistas. Na kaballah: Kether – Chockmah – Binah, no Cristianismo: Pai – Filho – Espírito Santo, no Hinduísmo: Om - Tat - Sat, e até na Natureza palpável: Energia – Massa – Velocidade da luz no vácuo.

Como todo processo de comunicação é então parcial, na tentativa de se atingir o deslumbre do Objeto em sua totalidade, métodos espiritualistas foram desenvolvidos. É um processo de “expulsar da mente idéias racionais” como proposto por Crowley. Superando a Compreensão (Binah) e a Sabedoria (Chockmah), conquista-se a coroa (Kether). Eliminando o condicionamento através da dissolução do Ego, a super-consciência é alcançada. Desfazendo a forma e a propagação de uma idéia, encontra-se a origem de todas as idéias. Eliminando a dualidade, a Unidade é deslumbrada.

Referências: Carta aos Probacionistas - Aleyster Crowley, Leitura sem palavras - Lucrécia D’Aléssio Ferrara, Wikipedia.

"isto não, isto não"

Sobre o autor:

Sobre a Rainha de Discos:

"A rainha de Discos representa a parte aquosa da terra, a função deste elemento como mãe. Ela rege do vigésimo primeiro grau de Sagitário ao vigésimo grau de Capricórnio. Representa passividade, usualmente no seu aspecto mais elevado.

As pessoas enquadradas na significação desta carta possuem o melhor das qualidades mais serenas. São ambiciosas, mas somente nas direções proveitosas. Possuem imensas reservas de afeto, amabilidade e grandeza de coração. Não são intelectuais e não especialmente inteligentes, porém  instinto e intuição são mais do que adequados para suas necessidades. Estas pessoas são calmas, mourejadoras, práticas, sensatas, mansas, amiúde (de um modo reticente e despretensioso) lascivas e mesmo debochadas. São inclinadas ao abuso do álcool e das drogas. É como se só pudessem concretizar sua felicidade essencial saindo de si mesmas".

Sobre o Método: Empirismo

Sobre a Formação Acadêmica: Graduado em Comunicação e Multimeios pela PUC-SP

Sobre a Ocupação: Trabalho pelo Lei do Homem e do Aeon.

Referências: Wikipedia., Livro de Thoth - Aleyster Crowley.